(yolanda botelho)
Havemos de rir do vento,
Havemos de entranhar nas mãos
A constância de sermos justos,
Havemos de cultivar o chão
Donde nascem as Primaveras
Havemos de sonhar à chuva
E dançar como alquimia
Na hora da insurreição,
Havemos de tirar dos olhos a solidão
E dar nome à utopia,
Havemos de rasgar querelas
E escondê-las atrás do sol
Havemos de saltar muros inquietos
E fazer filhos na outra margem
Havemos de nos dar aos rodos
Até que os nossos sonhos se toquem!