06
Jul 10

Enxugam-se os olhos e adiante

Outro amor haverá por mondar

Que me alcance o caminho distante

Nos atalhos que sei do mar

 

Atalhos, puras pedras de moer

A dor que é pó e ignorada

De mim, só o passo pode correr

Descobrindo mais atalhos dessa estrada

 

Antes que me descubra a agrura

Das sendas que esmorecem

Me levante, mesmo que escura

Seja a noite dos olhos que não adormecem!

(aguarela de joão alfaro)
publicado por Utopia das Palavras às 21:41


À noite

tudo é mais claro

mar aravel a 9 de Julho de 2010 às 01:09

A determinação de seguir em frente, a preparação da jornada em invocação do beneplácito elemental...

Abraço
Anónimo a 10 de Julho de 2010 às 16:18

O meu comentário anterior, por lapso, não ficou identificado.
Abraço
AC
AC a 11 de Julho de 2010 às 01:14

Maravilhoso poema da noite e do recomeço...mesmo doloroso!
BJ
Ana Tapadas a 11 de Julho de 2010 às 14:26


*


o teu versejar


são um mar de palavras


mareando o mar


no olhar rasado


mondando amanhãs !


,


conchinhas, deixo,


,


*


 

poetaeusou a 13 de Julho de 2010 às 12:26

Diante do mar há caminhos que tu desbravas com segurança.
IBEL a 14 de Julho de 2010 às 00:29

que maravilha! o teu poema é lindo (como sempre) e adorei a aguarela do João Alfaro :)
beijinhos :)
mariam a 14 de Julho de 2010 às 02:13


Belíssimas as palavras, encantadora a aguarela!
Beijo
justine a 14 de Julho de 2010 às 15:54


Há sempre um amor a mondar. Se não hover, inventa-se.

O poema me agradou, sabes?

Um abraço.
São Banza a 15 de Julho de 2010 às 15:16


abrir à amplitude do abraço

a vida

e atravessar a imensa noite de sono.
sagrar ao olhar uma flecha de luz

___

beijos

maré a 17 de Julho de 2010 às 15:20

"Balada da Liberdade" livro de Miguel Beirão, prefácio de minha autoria e capa de Dorabela Graça
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