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Dez 09

                 

 

 

Risco a vida
E cada traço premente
É uma linha urgente
Não a pinto…
 
Não me iludo com as estrelas
embora belas
Musas do olhar efémero
Que me sulca o rosto
 
Desencantada a vida que não esperneia,
Caída do céu já colorida,
Sem riscos, sem sombras,
Sem lágrimas de um parto de amor
 
Cada risco tem uma cor
Do arco-íris roubada, suada
Depois de uma chuva agreste
Ou de uma paixão errada
(Imagem: Julio Pomar)

 

publicado por Utopia das Palavras às 17:24

Olá Ausenda!

Riscos de cor que enfeitam a vida
traços de amor que se desfazem
brilhos foscos de lua escondida
nem de dia as sombras trazem

Sinto-te triste... desanimada... ânimo amiga!

Beijo Grande 
manu a 7 de Dezembro de 2009 às 00:21

Ola Amiga!

Entre riscos traços
sombras e cor
Lagrimas no teu poema
São gotas de amor!

Bjinhos

Céci
Céci a 7 de Dezembro de 2009 às 20:53


São sempre imprevisíveis as imagens que recrias e transfiguras, numa pluralidade semântica que surpreende pelo inusitado e pelo compromisso de uma doação quase  endérmica com a palavra a que te dás.
IBEL a 7 de Dezembro de 2009 às 23:28

Ausenda, adorei a cadência com que morrem estes versos na praia das emoções...

Beijinho grande!

Virgínia
Virgínia a 8 de Dezembro de 2009 às 01:23

E se pintarmos todas as paixões com as cores do arco iris, deixarão de ser erradas?
:)

Beijo, Ausenda
maria a 12 de Dezembro de 2009 às 04:35

Hoje felicito-te pela excelente escolha que fizeste de Júlio Pomar para emparelhar o teu belo poema de vida riscada.

um beijo
marta a 13 de Dezembro de 2009 às 00:24

São nestes momentos tardios do luto da noite que gosto de explorar a alma sentida dos poetas.
Mágnifico poema!

Bom Domingo.

Beijios.
Maria Valadas a 13 de Dezembro de 2009 às 04:11


"Cada risco tem uma cor"

ousado esse risco...


Mª. Luísa



 
M.Luísa Adães a 13 de Dezembro de 2009 às 15:18

em cada traço
desfaço
sombras e brilhos
descanso
imóvel
cores e noites
poiso as penas
gastas
desfeitas
e sigo palavras
poisadas
em cada canto teu.
é sempre bom......
abraço do vale
duartenovale a 14 de Dezembro de 2009 às 21:45


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Um poema bonito, apesar do desencanto...

Beijos de luz e o meu carinho!!!


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zélia a 14 de Dezembro de 2009 às 22:42

"Balada da Liberdade" livro de Miguel Beirão, prefácio de minha autoria e capa de Dorabela Graça
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