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Jun 09

 

 

 

 
 
Quebra o molhe, não quebra o mar
As mãos quando se dão, são aço
Qual tempestade, onde o vento recusa dar
O beijo de bonança, que se faz passo
 
No passo a monte, o extenuo cansaço
De quem vai na solidão gemida
A lavoura do afecto junca o laço
Que prende o caule de cada flor colhida
 
Desinquietos olhos raiados
De sangue florindo alegria
Derramam miúdos bocados
Da lágrima escusa da nostalgia                                          
 
Quebra o molhe, não quebra o mar
Na agrura nasce a força muralha
No teu passo, tenho o meu para te dar
Essência una, que este meu lado talha!
 
(image: Paulo Themudo)
 

 

publicado por Utopia das Palavras às 20:53

As mãos, quando se dão, são aço!
São mesmo.
Poema muito forte, e muito bonito...

Beijo
maria a 27 de Junho de 2009 às 23:02

Maria

É a razão que nos assiste! Obrigada!

Beijinho

"Quebra o molhe, não quebra o mar"... o mar é o caminho... onde a vontade revolta serena na areia... num abraço profundo...

Vou dormir a ouvir o mar... o molhe a ceder... e os passos da liberdade de querer... e ser... e estar...

Beijo terno, minha querida.

Paola a 27 de Junho de 2009 às 23:05

Paola

Querer ser...sempre
não abdicar
de estar...!

Bonito lema, amiga!

Um beijo termo

Gostei tanto deste teu mar - amar, assim o forte mar que não se vence,
Inunda o molho
invade
alaga
vence
mas cai no teu colo
e tão valente
cabe nas tuas mãos de aço
cordeiro
- quem diz que isto é mentira...
é porque mente!

Beijo
ardente
Eduardo Aleixo a 28 de Junho de 2009 às 01:18

Eduardo

Serás tu, porventura mentiroso ou poeta...fingidor?

Beijos mourinhos

Olá Ausenda!

Eis o teu sentir pintado numa tela
a tua voz esculpida em pedra
é arco-íris de cor em aguarela
sentimento que em ti medra

Belo como tão mal nos tens habituado. E os Pintarroxos ?
Beijo Grande
manu a 28 de Junho de 2009 às 10:03

Manu

Gosto tanto das tuas rimas, amigo!
Ai os pintarroxos...deixa-me pensar bem neles, ainda não voaram!

Beijo Maior

Minha querida amiga

Que dizer, que palavras para tão bela poesia?!

Este mar é todo o teu coração
Ninguém o vence, nem vai quebrar
A tua força é maior é acção!
Quem pode as palavras algemar?

Vai dando a mão no teu caminho
Tu és semente que vem germinando
O teu caminho não está sózinho!?
Serei semente, contigo caminhando.

Amiga, perdoa o singelo.

Um carinhoso abraço

Natalia
rosafogo a 28 de Junho de 2009 às 17:00

Natália

Fico feliz de pensar
que também tu..
és semente a germinar!

O meu beijo de carinho

Ah mulher, que grande poema, que ritmo, que imagens fabulosas, que duereza e que leveza
Léxico e samanticamente bem conseguido esta força de poema.
Beijo
Ibel a 28 de Junho de 2009 às 23:32

Ibel

Que posso eu reclamar, da análise de uma expert!
Obrigada!

Beijinho


"Quebra o molhe, não quebra o mar
Na agrura nasce a força muralha"

Quantas agruras por que temos de passar para ganhar a força da muralha! Tenho experiência de algumas! Quebrou-se-me o molhe, mas não o mar... como bem o dizes.

"As mãos quando se dão, são aço"

Pena que estejamos todos tão de costas voltadas para a humanidade!

Excelente, como todos os teus poemas.
Fico por aqui e medito... medito... e saio mais forte.

Um beijo enternecido.
Lucy a 29 de Junho de 2009 às 00:55

Lucy

És uma ternura e uma mulher forte.
Bem hajas pelas tuas lindas palavras!

Beijos


Os teus poemas são como um abraço de aço tb, fortes e ternos! E eu adoro!

Bjinhosss


Céci

Céci a 30 de Junho de 2009 às 13:51

Céci

Abraço-te como sempre, linda!

Beijo

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Muito bonito e bem escrito o seu poema!


Beijos de luz e o meu carinho...

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zélia a 30 de Junho de 2009 às 14:09

Zelia

O meu carinho também. Obrigada!

Um abraço

Gostava que fosses buscar o prémio Lemniscata que te atribuo pela qualidade que reconheço no teu blogue.

Um beijinho

MV
Marta a 30 de Junho de 2009 às 18:52

Marta

É com alguma emoção que te agradeço esse reconhecimento! Fico feliz (muito) por ele!
Postarei na primeira oportunidade.
Grata!

Beijinho

Intensamente belo!


Um abraço carinhoso e um ótimo Fim de semana para você!

Tatiana a 3 de Julho de 2009 às 23:27

"Balada da Liberdade" livro de Miguel Beirão, prefácio de minha autoria e capa de Dorabela Graça
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