06
Jun 09

 

 

(georgia o`keeffe)

Procurei nos bilros dos caminhos
Onde a seara se faz estéril
E o suor se eterniza
Mais braços para os meus, sozinhos
 
Tacteei entre gemidos escolhos
A desventura
Do pão que não cresce
Pela água de tantos olhos
 
Celebrei um sorriso
Na pronuncia do amor
Na denuncia das estrepes e das feridas
Saradas por um pássaro do paraíso
 
Extenuei na sã procura
De mim,
De uma cor para o meu rosto
Negra, alva ou mesmo dura
 
Agitei a luta do arvoredo contra o vento
E no rastro da consciência
Me fiz bandeira desferida
Que te dei…!
publicado por Utopia das Palavras às 19:10

A eterna procura dos braços que quando nos abraçam deixam de ser os que buscava-mos...

Belíssimo poema!!
leal maria a 6 de Junho de 2009 às 23:22

Leal Maria

Só com os braços e os abraços se encetam as mudanças!
Obrigada

Beijo


É preciso celebrar

o amor

MAR ARAVEL a 6 de Junho de 2009 às 23:48

Eufrázio

SEMPRE!

abraço

Cheguei. Vim para te saborear. E aceitei a "bandeira desferida".

"Procurei nos bilros dos caminhos
Onde a seara se faz estéril"

Procuremos, amiga, procuremos. Na pronúncia do amor...

Beijo terno.
Paola a 6 de Junho de 2009 às 23:55

Paola

Mesmo não chegando...estás!
É também para ti essa bandeira, obrigada por a teres aceite!

Beijo enorme

Lindo poema.
Todo ele é belo. Gostei especialmente dos dois primeiros verso que acabam por dar o sentido a toda a poesia tão interessante e tão bonita.
Cumprimentos e bom Domingo,
Carlos
umbreveolhar a 7 de Junho de 2009 às 16:21

Carlos

Obrigada pelas palavras.

Abraço

Cega-nos a luz do dia
Se pudéssemos o Mundo mudar?!
Fica-se na espera, milagre, utopia
Dum Deus que demora a chegar!

Talvez haja que agitar?!
Corações empedernidos?!
Há promessas que ficam (só no falar)
Mas tantos olhos esquecidos.
Quero acreditar!

Beijinho grande
com muito carinho
rosafogo a 7 de Junho de 2009 às 18:28

Natália

Obrigada pela tua poesia que sempre me comove!

Veementemente acredito
Nos passos que possamos dar
Mão na mão, grito no grito
Na marcha do tempo por chegar!

Beijinho

Olá Amiga Ausenda!

A nossa vida é feita de pequenas e grandes procuras, e mesmo que não encontremos o que sempre procuramos, vale a pena sorrir e agitar as bandeiras!

Bjinhos e uma linda semana!

Céci
Céci a 8 de Junho de 2009 às 09:10

Ceci

Com um sorriso a procura agiliza-se...com uma bandeira concretizar-se-á...um dia!
Já vi coisa nova nas tuas bandas, vou lá voltar mais tarde!

Beijo

Tenho andado fugida da blogosfera. Mas qudº passo por aqui - VOILÁ!
Palavras de luta, palavras que derrama tintas e nos retratam, Ausenda.
Não vou comentar os teus textos mais antigos, mas aquele 'Às vezes as palavras' - é qualquer coisa que toca! Será por, além de tudo, seres mulher?
Beijito
Lúcia a 8 de Junho de 2009 às 10:15

Lucia

És um prazer ter-te aqui, obrigada pelas sempre generosas palavras.
Acredito que algumas (muitas) das palavras que escrevo só podem vir da sensibilidade feminina! É um privilégio!

Beijinho

"Procurei nos bilros dos caminhos
Onde a seara se faz estéril
E o suor se eterniza
Mais braços para os meus, sozinhos"

E, de repente, lembrei-me: Olhai os lírios dos campos...

Pois é, minha amiga, tu teces e fias as palavras com tal utopia... que as tuas vestes são como as dos lírios dos campos, magníficas, saídas em sorrisos de alma, onde a luta se faz cor e harmonia, em que a bandeira se desfere em pássaro... esvoaçando até à consciência de paraíso.

E fico-me por aqui, desejando que passes uma bela tarde.
Um grande beijo,
Lucy
Lucy a 8 de Junho de 2009 às 16:44

Lucy

Obrigada, pelos lírios do campo, o teu comentário também é poesia, amiga
e...fico-me por aqui!

Beijinho

Belíssimo poema, onde há insatisfação por pão, por amor, por um eu que procura cor, rumo, para a vida e há luta por liberdade que se semeia qual bandeira desferida.

Na vida pão, amor, liberdade, se procura,
que a todos contemple, sem excepção,
de eu forte e com coração,
em luta que sempre perdura.

Felicidade e um beijinho.
Mírtilo
Mírtilo MR a 8 de Junho de 2009 às 17:27

Mírtilo

Límpida, escorreita e verdadeira a leitura que fizeste, fico grata por isso!

Que procurar
Senão o pão e o amor
Poder dar
tudo o que a vida for!

Beijinho


Agitados versos da tua sempre generosa riqueza poética.
Beleza encontrada no pó dos caminhos e na aridez amarela dos trigais.
Mãos estendidas na procura de outras mãos.
Dádiva de sol, entrega de corpo luminoso e ardente de vida que sabe das mágoas.
Procura do trofeu merecido do amor enrolado em versos de mar e de terra.
-------------------------------------------------------------------------
Excelente poema.
Beijo grande.

Eduardo Aleixo a 9 de Junho de 2009 às 12:37

*
belo jogo de palavras,
bem compostas,
reais, sem utopias,
,
parabéns envoltos em conchinhas,
,
*
poetaeusou a 9 de Junho de 2009 às 15:51

PoetaEuSou

É o teu olhar
que as lê
assim...!

Beijinho

Eduardo

Que te posso dizer, poeta do meu encanto?
Ricas e poéticas são as tuas palavras!

Beijo

"Balada da Liberdade" livro de Miguel Beirão, prefácio de minha autoria e capa de Dorabela Graça
Partilha em co-autoria