(georgia o`keeffe)
Procurei nos bilros dos caminhos
Onde a seara se faz estéril
E o suor se eterniza
Mais braços para os meus, sozinhos
Tacteei entre gemidos escolhos
A desventura
Do pão que não cresce
Pela água de tantos olhos
Celebrei um sorriso
Na pronuncia do amor
Na denuncia das estrepes e das feridas
Saradas por um pássaro do paraíso
Extenuei na sã procura
De mim,
De uma cor para o meu rosto
Negra, alva ou mesmo dura
Agitei a luta do arvoredo contra o vento
E no rastro da consciência
Me fiz bandeira desferida
Que te dei…!