23
Mai 09

As palavras que me fazem
Dou-as ao vento e às madrugadas
Faço delas janelas e terras lavradas
Chão, mares e a minha doce aragem
 
Palavras que sagram na pele
Gravam seiva de aventura
Lençóis de linho maculados de ternura
Desmesuradas, ruidosas de fel
 
As palavras que não invento
São as palavras que quero
Ante as vezes do desespero
Mas fome do meu sustento
 
Doem-me as palavras jorradas
E as que finjo e minto
Errantes em labirinto
Em tantas folhas rasgadas
 
As palavras do meu canto
Aninham-se na liberdade
De cerzir amor na verdade
Com os dedos do meu pranto
 
(imagem: internet)
 

 

publicado por Utopia das Palavras às 19:39

As palavras... as palavras que eu escuto... as palavras que tu dizes no silêncio das que falas... são dessas que eu venho (sempre) à procura. Na certeza de as encontrar... ou não. Venho porque tenho sede________________________________ e as tuas sabem-me tão bem.

Beijo [palavra que reescrevo todas as vezes que a escrevo] terno.

Bom domingo.
Paola a 23 de Maio de 2009 às 22:05

Paola

Nem uma palavra preciso, para te sentir aqui, mas através delas e com elas...o nosso rio continua correndo...azul!

És linda

Beijinho

Comentar via SAPO Blogs

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.


"Balada da Liberdade" livro de Miguel Beirão, prefácio de minha autoria e capa de Dorabela Graça
Partilha em co-autoria