16
Mai 09

 

 

Digo da terra meu mondado manto
Acalentado no seio dela
Nas pedras maceradas de espanto
Trago nos pés
Um pedaço dela
 
Coram minhas mãos insolentes
Quando minto ao sol
Para a trazer no regaço
Nos dias em que um rio me faz
 
Sou de um mar
Que assoberba a campina de azul
E do rio que se afoita
Na folha de um poema desaguado
 
E da terra adubada de água bravia,
São as minhas entranhas
O musgo das palavras
 
 
(imagem: Elisabete d`Silva)

 

publicado por Utopia das Palavras às 18:48

Ausenda,

Só te digo uma coisa, a minha comadre Maria da Fonte vai adorar este poema! Que espanto é o teu versejar!!!
E que sensibilidade!... Será mais um poema a pedir emprestado. Lindíssimo! Vou mandar o endereço do teu blogue a um amigo que canta poesia. Fui hoje assistir a um recital dele, no Museu Cupertino de Miranda. Depois verás, se conseguir 'descodificar' o filmezinho que fiz de um dos poemas cantados.

Um beijo com amizade (e muito respeitinho, como diria a minha comadre, de sachola a ombro!)
Lucy

Lucy a 19 de Maio de 2009 às 02:07

Lucy

A tua comadre Maria da Fonte é acima de tudo muito generosa, eu sei que ela gosta de poesia, talvez goste deste.
Já sabes que podes levá-lo, e dar-lhe o caminho que entenderes, mais agora com aquele soberbo teatro como pano de fundo, é uma honra para mim.
Tou curiosa para ver o resultado dessa saida ao Cupertino de Miranda! Aguardo!

Beijinho

Comentar via SAPO Blogs

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.


"Balada da Liberdade" livro de Miguel Beirão, prefácio de minha autoria e capa de Dorabela Graça
Partilha em co-autoria