Avança alta a sombra do cansaço
Na espera que não cessa
Cai-me o corpo no regaço
Demora-se o tempo na promessa
Vela de vento
Neste meu fado
De arrancar a esperança
Ao frio do relento
E no vaivém da bonança
Esperar-te como destino marcado
Moinho de água
Da mágoa escondida
Tanto espero o momento
De alma agora despida
Virás, na roda do vento!
(tela de Isabel Espadeiro)