(tela de Ana Isabel André)
Cúmplices da plenitude
Do ventre, do seio, dos dedos
Deslumbres de todas as cores
Cavalgando como corcéis
São flores
De desejos
São danças de papel
Ingénuas, sonhadoras
Também feridas
Se a tinta de cada verso
Não lhes salpica um sorriso
Letra sobre letra
Uma pétala colorida
Rendição sem medida
Da palavra que nasce
E se faz metáfora
Dos desejos!