(carla cunha)
Faço-me tristeza
De muito chorar
Para que não sequem os desertos
Nem os desejos
E cada lágrima conclua a tábua
Do alcançar oásis de água
Nesse vagar da chegada
Seja brando o fim da sede
Dissipando a melancolia,
Como ave de asa sarada
Rompendo o azul infindo da poesia
Voando tão longe
Quanto a convicção de chegar,
Com a certeza do chão
E do sonho
De eternamente ter
Asas para voar!