Desnudam-se os pés azáfamos
e são alas de fogo e de conforto
que os aquecem,
Numa cor doce de mel e desvelo,
Mesmo que a neve lá fora dilacere
as peugadas de quem carrega a fome
nas pernas de farrapos indolentes
que todos os dias sonham chegar
à porta de outro destino.
E outros tantas mãos cheias, rutilantes
de rodopios de risos e diáfanas farturas
Indiferentes ao rigor das vidas de todos dias
vão cegando a mágica simplicidade da partilha!
Desejo um Natal introspectivo e um Novo Ano com muita determinação!