(Chagall)
Pujante de desvelos me escora
Presente bem-querer e o aço
Refúgio do pânico quando aflora
Pilar das loucuras que eu faço
Alucinados os meus passos de dança
Livres em espelhos d´água
Rodopiam em pontas de lança
Fundeando no teu cais, sinto-me frágua
Impregnam-me os sussurros que gritas
Cúmplice poço de segredos
Fiapos do teu olhar basta em horas aflitas
Na placitude são mudos todos os medos
Robusta ponte no meu mar sonhador
Quão terno cavaleiro andante
Mil anos serás, eterno poema de amor
E eu sempre... teu pássaro viajante!