Fecundas palavras na terra atiradas
Esperanças germinando em hora parida
Onde rebentam sílabas amuralhadas
por exorcizada, estrofe proibida
(Ruan Corvalán) Deixem-me soltar o sufocante eu
Que me esmaga como pedra caída
Afunda de alma vã, desamparo meu
E me possui íntegra de raiva acometida
Quero clamar o mais alto da revolta
Que me consome o ventre não rendido
Dos restos dos meus dedos em mão solta
Marco-te poema, em ferro bramido
Se me dilacera o Entrudo da mentira
E a vingança mungida na falsidade
Nasce de mim, indígena tinta que delira
Alucinando, estravazo liberdade!