(antonio jorge miranda)
Pouco importa se alucinação sou
Prelúdio, compasso ou serenata
Fenix que sempre voou
Ou corpo de barro em esfinge de lata
Que importa se magnânime o alvorecer
Se réstia for a videira decepada
E não for acácia em tempo de sorver
O sumo da terra encharcada
Que importa se estrondosa a orquestra
Se os violinos roucos e prostrados
Não renascem nos trinados da giesta
E na saudade… são longos murmúrios calados
Que importa, se loba, lua amante ou grainha
Na entrega, presságio de estrelecer sou
Redentor milagre no meu desejo de Aladina
Que importa…! Importa que vou!