02
Out 10
                     (tela de Magda Rivera)

De alento se faz o corpo

De mínguas luas se atraiçoa a fome

Das bocas que já não abrem

Sustento lento,

Que mata gente,

Que de seu nem tem o nome

 

E os pés como charruas

Repisam vácuos, vãos e nadas

Lavras de um sol cansado

Mastigam as minhas mãos fátuas

E nuas…

 

A inércia dos dias iguais

Fincam as palavras revoltas

E livre de escoltas

Vem o dia e a hora arguta

Em que grito – basta!

 

Nem mais um gole

Nem silêncio

É do tempo urgente

As sendas da minha luta!                             

publicado por Utopia das Palavras às 21:33


Um excelente poema!!|

gostaria do dar a conhecer lá no meu blogue...Posso?

Bom domingo.
São Banza a 3 de Outubro de 2010 às 11:14

Olá São

Obvio que podes usar como quiseres! Obrigada pela partilha!

Beijo

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"Balada da Liberdade" livro de Miguel Beirão, prefácio de minha autoria e capa de Dorabela Graça
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