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Jun 09

(Inês Gato)

Afligem-me as asas que murmuram
Em vez do voo
E os cheiros que perduram
No corpo onde o amor conspirou
 
Se calo, grito
A tua boca que não diz
Ai silencio maldito
Vociferado grito
Mata-me, ante ser infeliz
 
Não é acaso o canto mudo
Nem a poesia desconcertante
Sem pejo, serena me desnudo
Na espera desse uivo dilacerante
 
Porque não gritas o mar
No engenho das ondas
Inventa um naufragar
Bramindo realidade
Cede ao augúrio dos dias
Incita-te

Na minha espuma de liberdade!

 

publicado por Utopia das Palavras às 18:54

ESte poema é uma obra-prima.Não duvido de que com ele possas pudesses ganhar uma medalha.è do melhor que escreveste. Parabéns. As duas primeiras estrofes arrepiaram-me pela síntese metaforicamente perfeita.
BEIJINHO ESPECIAL.
IBEL a 22 de Junho de 2009 às 11:04

Ibel

És uma exagerada, não?
Fico muito grata pelas tuas palavras, amiga!

Beijo especial para ti também

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"Balada da Liberdade" livro de Miguel Beirão, prefácio de minha autoria e capa de Dorabela Graça
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