Incessante caminhada
Pisada árdua das pedras
Contido amor como enseada
Busca de doce em bagas azedas
Sempre indo, sempre chegando
Para além do fio do horizonte
Onde os lírios nascem sonhando
A água de sede da tua fonte
Mesmo que eu fique maré vazia
Seca de espuma ou ecos de nada
Crescerá o anelo e a fantasia
De ser onda do mar enamorada
E se um dia me perder
No ego austero do nevoeiro
Não por não te querer
Sim por me querer a mim…primeiro!
(foto: matisse)